As noites vêm e vão, e em muitas delas fiquei em claro.
Mas não por falta de sono.
Os pensamentos fervilham na cabeça, os sentimentos apertam-se na garganta e os ouvidos zumbem no silêncio.
Que falta faz um simples botão de liga-e-desliga em meu cérebro.
Um simples interruptor que mudaria tudo do "ON" para o "OFF".
A escolha de pensar não é mais voluntária, os pensamentos se atropelam e quando me percebo, estou conjecturando conspirações e assuntos profundos e dos quais sequer me lembrarei na manhã seguinte.
A única marca dessa atividade cerebral noturna é o cansaço no dia seguinte. Mas até à isso me acostumo.
Todas as coisas que poderia ter feito e dito durante todo o dia reprisam-se diante de meus olhos. Todos momentos de conflito e paz do dia acontecem novamente diante de meu rosto.
Á noite, o controle se esvai.
A loucura toma conta e a lucidez se revela um mero instrumento movido à energia solar.
Enquanto tudo acontece fica mais uma pergunta. "Não está na hora de dar um jeito nisso?", ao que meu alter ego rapidamente responde: "A única solução para uma vida é a morte".
Argumento irrefutável, e o "Outro" se cala. E "Darth" vence outra vez.
O sentir de uma noite complementa-se ao das noites anteriores e configura uma grande tela, à mostra na mente, mas invisível aos olhos. E à cada vez que os olhos se abrem, tudo some outra vez. Tem coisas que só na mente são possíveis. Ou visíveis.
O escuro, ainda no quarto, permanece e acho que nunca partirá para sempre. Sempre voltará depois que a luz se despedir da companhia diária.
O escuro. A escuridão que desperta os brilhantes pensamentos inquietos.
Droga.
Quero um botão "On/Off" urgente...
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3 comentários:
Nossa, que dark cara.
Parece um momento Prison Break.
Cheio de conspirações na calada da noite.
O jeito é dormir mais cedo... ou comprar um interruptor xD
Cara, que mistura de gótico com lei de Murphy isso o_o'''
[]'s
http://musica-holic.blogspot.com/
Sabe.. até existe esse botão, mas duvido que vc queira usa-lo. Falo é claro metaforicamente.
Para se desligar basta cair na rotina, cair na indiferença, no esquecimento.
Afinal a ignorância é uma benção, restando dizer que a inteligência é uma maldição.
Mas agüente firme, o flagelo de seus pensamentos é a maior prova de q se esta vivo.
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