Acordar às nove e ter preguiça de levantar. Ouvir uma canção do dia. Mais uma. Mais outra. E assim vai durante todo o dia.
Ir pra faculdade e encontrar poucas almas que te alegram. Sim, poucas. E não me venha com as amizades faladas, pois prefiro as amizades sentidas.
Sentar em bancos de concreto e tocos de árvore esperando o céu nublado despencar numa fina garoa que destrói teu frágil guarda-chuva. Cai, chuva, cai. Rápido e friamente.
Chuva que dura poucos minutos.
O abrir e fechar da sombrinha te toma mais tempo. Deixe-se molhar. Deixe-se sentir a água sobre a pele, umedecendo a roupa e os cabelos. Deixe.
O cheiro de terra molhada e um calor ainda mais intenso se elevam do chão, mas ninguém se importa. Pra que se importar?
Me importo comigo. Se importe com você. Eles irão se importar consigo mesmo.
E nada mais vai importar, e nem será necessário.
Esse ritmo lento me consome. E me dá novo alento.
Calmaria, onde? Quero ser levado pela tediosidade, mas monotonia me cansa e logo me cansarei de você também.
Entre a calmaria de uma laguna e um mar agitado só consigo lembrar dos malditos foraminíferos planctônicos, boiando no espelho d'água.
Ok, talvez eu seja mesmo um cabeça dura, mas quero aproveitar enquanto as ondas ainda conseguem me fazer flutuar. Quero sentir esse torpor até antes que o mar não possa me transportar e eu me aloje em algum canto desse caminho.
Até lá, sim, prefiro ficar nessa loucura movimentada.
Sem ela, não.
1.12.09
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Um comentário:
não me importo....haha
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