O pleno exercício da vida é talvez o maior desafio que vejo no caminho que temos de seguir.
Estudar, trabalhar, fazer planos, crescer. Todas essas ações parecem ser cobradas de nós o tempo todo, e de tal modo que toda vez que estamos atrasados, ou que não estamos realizando algo da maneira "correta" existe sempre alguém ali, pronto pra nos apontar o erro e nos lembrar que não somos tão bons quanto desejaríamos ser.
Tá certo que não somos bons em tudo, e esses tropeços são mais do que saudáveis para que nossa vida realmente caminhe. Afinal, tropeços nos derrubam, mas nos fazem levantar e prestar mais atenção no chão em que pisamos.
Dias em que as atribuições da faculdade e outras obrigações tomam meu tempo podem parecer chatas e cansativas, mas a verdade é que nunca estive tão disposto a "fazer as coisas" na minha vida. É, eu sei que é uma fase, mas nada melhor que aproveitá-la e tentar mantê-la pelo maior tempo possível.
Dá pra ver o que eu quero dizer, não? Tudo que fazemos é pra algo futuro, então tudo que fizermos será de alguma utilidade. Nada é feito por não-razão nenhuma.
Saber disso me deixa no meio de uma contradiçao. É bom saber que tudo que tudo que estamos fazendo tem um propósito? Ou é preferível viver as coisas sem pensar nas futuras consequências do que se faz?
Mentalizei isso a partir das obrigações que me dispus a trabalhar na empresa júnior de que faço parte, mas tenho certeza que tal pensamento também pode ser colocado em todas outras questões que temos na nossa vida, certo?
É, voltamos à uma velha questão que [quase] sempre discuto: esse tal propósito de nossas ações, existe mesmo? [!]
Claro que não sei responder à essa pergunta do maior estilo "o sentido da vida", mas como já disse por aqui: por que nos importa tanto saber essa resposta? Tantas e tantas vezes percebo-me fazendo essa tal pergunta "por quê?" ou "é destino?" sendo que considero que a pergunta a ser feita é "pra que saber?" ou "que importa?".
Às vezes não se trata de conseguir as respostas, e sim de somente entender as perguntas. Ou então, mais simplesmente ainda, não existe resposta. Afinal, "Remember, there is no spoon."
É, quem entendeu, entendeu... Quem não entendeu, vai assistir Matrix sem babar SÓ pelos efeitos especiais.
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2 comentários:
Acho que tudo na vida tem um propósito. Tenho certeza de que as escolhas que tomamos hoje nos define por resto da vida. Fato. O que nao pode acontecer é deixar que a sua vida seja ocupada com questionamentos que pouco nos importa saber. O resto de nossas vidas é muito tempo e começa agora.
Muito bom o texto!
Parabéns
É um questionamento válido. Contradições a parte e profissionalmente falando eu sempre penso que qualquer tarefa que desenvolva conhecimento e aprendizado será de pleno benefício a quem os pratica. As vezes isso pode não ser enxergado apropriadamente por outros ou por quem realmente nos interessa, mas daí vem a vontade de sempre passar por cima de obstáculos cada vez maiores. Acho que o caminho do mercado de trabalho é assim.
Sobre o questionamento com relação a vida. Ah isso companheiro, nem Matrix soube fundamentar muito bem. Não creio que há razão para viver, nós que criamos algo nos vale a pena ficar um tempo em Terra, tão pouco tempo álias.
Se pensarmos bem já temos duas décadas de vivência, tanto tempo e tão pouco proveito porém. A próxima talvez será a mais louca que poderemos sentir e a seguinte é a que nós levará ao início do fim de uma caminhada.
Eu sempre pensei como Shakespeare, "A única coisa de que preciso é de uma boca para beijar e um colo para deitar minha cabeça." Algo assim. Mas sei lá, em minha vida isso tem se tornado tão relativo agora.
Ainda vou postar sobre isso. Poderia fazer desse comentário um próprio post, mas enfim é válida a discussão aqui Ivan, belo texto.
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