Parece que o espaço-tempo para, ou se acelera, impedindo que o presente fique claro e nítido o suficiente. Porque ao visualizar o futuro, totalmente nublado, percebe-se a falta de algo que o conecte ao presente que se constrói no aqui e no agora.
Os caminhos que percorremos agora nos levam à realidade de algo que desconhecemos mas que, um dia, se tornará o presente.
De tempos em tempos, a vida parece parar e as coisas todas que te aconteceram, listam-se à sua frente.
As coisas boas e ruins.
Pra se saber o que é bom repetir no futuro, e o que é melhor deletar e nunca mais tentar.
Como aqueles fins de temporada de seriados.
Momentos decisivos de alguns personagens que amamos, odiamos e conhecemos a vida de trás pra frente e sempre nos surpreendem.
Fins de temporada vêm e vão com uma certeza de que haverá uma próxima temporada a se esperar, porém, afinal, sempre existe um novo começo.
Sempre existe uma nova temporada.
Os cenários e personagens quase sempre mudam, mas a história em si mantém-se na direção de um próximo amanhecer. Às vezes, parece que vejo a mim mesmo como se há quatro, cinco temporadas fosse uma outra pessoa, com conceitos e ideais deturpados e totalmente diferentes do que existe hoje.
Isso me assusta.
O quanto sou diferente do que fui e o quanto mudarei daqui a alguns períodos adiante?
Enquanto tantas pessoas exaltam sua essência, seu caráter, me perco em características mutáveis que me impedem de definir o que se mantém em mim, tempo após tempo.
Tempo este que se esvai, vai e volta, nesses lapsos de pensamento em que tudo isso parece entrar de uma vez só dentro da cabeça.
Tensos lapsos do espaço-tempo.
25.8.10
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2 comentários:
O quanto sou diferente do que fui e o quanto mudarei daqui a alguns períodos adiante?
bom d+
acho que isso é falta de lost.
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